quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um momento

Todos dias quando me acordo, não tenho muito tempo para parar e pensar.
Hoje em dia vivemos em um mundo, onde corremos e não sabemos nem para onde, saímos com pressa, sem nem olhar para atrás. 
Ajeitamos o cabelo, ás vezes tomamos café e assim seguimos correndo para os nossos afazeres diários.
E qual é o momento em que paramos para analisar nossa vida, nossas escolhas?
Quando conseguimos parar pra fazer isso, é porque realmente algo aconteceu e não é coisa pouca afinal, momentos para refletir são tão raros hoje em dia.
Mas, eu ando parando, refletindo e me fazendo várias perguntas, porque estou aqui, o que devo fazer, para onde devo ir, quais são os meus verdadeiros sonhos, entre outras perguntas.
Confesso que tenho coisas que não consigo obter as respostas, mas quando chega o momento de me perguntar, porque sou INTERNACIONAL? 
Para essa pergunta eu tenho resposta.
Sou Internacional, porque eu escolhi ser.
Meu pai é colorado, minha mãe é gremista.
Meu pai tem paixão por futebol, ama o Inter torce por ele, e minha mãe para contrariar é gremista cada vez mais, mas não entende nada do seu time.
Mas, enfim fui criada como uma garota, bonecas e brincadeiras de menina, só que nada disso nunca me chamou a atenção, gostava mais de estar no meio dos meninos, brincando e jogando bola.
Sofria um certo preconceito afinal, menina não tem que estar no meio dos meninos.
Não entendia muito de futebol, queria jogar e não deixavam. Acabei pegando um certo nojo uma certa raiva de futebol, não podia jogar e enquanto minha mãe ficava com as minhas tias no domingo meu pai não saia da frente da tv assistindo o tal do futebol. 
Isso me deixava estressada de uma tal maneira, ainda mais quando o assunto era futebol e minha mãe insistia em dizer: Você tem que torcer para o Grêmio!
Não sabia nem que time era, sua história, nada me interessava, aliás eu não sabia o que era falta, o que era pênalti, escanteio e etc.
E também não que o Inter me chamasse atenção, afinal até então eu não gostava de futebol.
Mas nem a avalanche do Grêmio me empolgava, achava tão monótono.
Jamais me esquecerei quando o Arque-Rival foi campeão da série B, todos empolgados pulando e festejando na rua da casa da minha avó materna, aonde hoje em dia eu resido e eu nem aí.
Só sei que naquele dia ao invés da minha pessoa começar a torcer loucamente para o time azul, eu decide:
NÃO SEREI GREMISTA.
Aliás, decide que não seria nada. Não torceria para time nenhum, mas entenderia de futebol mais que os próprios jogadores.
Eu preciso confessar que sou uma analfabeta do futebol, por enquanto, mas terá um dia que eu saberei muito sobre, e cada vez que descubro sobre ele me torno mais apaixonada e fascinada.
Mas, minha decisão de não torcer para time algum se foi por água abaixo, quando assisti um jogo do Internacional, de não muita expressão.
Quando eu vi aquela torcida cantando no eterno Beira Rio, pulando e aquele vermelho e branco lindo e quando a câmera da tv mostrou o pôr-do-sol atrás do estádio naquele rio maravilhoso, cheguei a arrepiar até minha alma, que até então nem sabia o que era.
Isso eu tinha 10 anos e desde daquela tarde, desde aquele momento eu quis saber mais e mais sobre o SPORT CLUB INTERNACIONAL, sobre o FUTEBOL, sobre essa paixão que move tantos homens e mulheres pelo mundo afora.
E sigo nessa caminhada e seguirei eternamente, como torcedora, como espectadora desse maravilhoso esporte chamado futebol.
Se eu tivesse tido chances e nascido com talento teria sido jogadora, como não ocorreu pretendo ser escritora. Sim, eu respondi essa pergunta dentre tantas que me faço todos os dias.
Tem duas perguntas que eu já me perguntei muito e já parei para refletir várias vezes.
Porque sou Internacional e porque amo escrever?
Sou Inter porque foi sua simplicidade que me fez arrepiar, foi sua história de derrotas e vitórias que me fez apaixonar. 
Não me tornei Internacional a partir de 2006, eu nasci colorada e o Inter não nasceu a partir desse ano como muitos falam, ele nasceu em 1909 e tem 103 anos de história.
Não sou colorada por modinha e nem porque ele é campeão de tudo, como muitos são.
Sou Inter por uma razão, é amor. E se eu parar todos os dias para refletir porque sou Inter, vou chegar sempre na mesma conclusão e não é porque me convenci disso e sim porque é algo verdadeiro.
E porque amo escrever?
Porque, é só assim que eu consigo expressar tudo o que sinto, tudo o que penso e através da escrita não tenho medo de criticas e nem de julgamentos.
Tenho talento para escrever, muitos já falaram isso e eu já me convenci disso, mas talento para a língua portuguesa eu não tenho nenhum. E fico com vergonha se a minha professora preferida que eu já tive de português Lauren Moreira lê-se os meus tantos erros de português.
Mas, para um bom escritor se tem alguém que revise seus erros, eu ainda não tenho mais um dia terei.
Bom vou me indo, porque tenho que refletir sobre muitas coisas ainda, mas parei esse momento para dizer:
Sport Club Internacional, te amarei eternamente.
Nathani M. Nunes.

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